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Eles e elas: veja diferenças na hora de 'pular a cerca'


Tanto homens como mulheres são propensos a trair, o que muda na verdade é o comportamento dos dois sexos na hora da traição.
Ao longo dos anos e em uma sociedade predominantemente machista, o público masculino conquistou fama no campo da infidelidade. A reposta para a pergunta "Quem trai mais?", é quase sempre certeira e imediata: os homens. Mas não é bem assim. As mulheres também costumam 'pular a cerca'. "Nossa percepcão é que quando as mulheres têm mais oportunidades elas acabam traindo tanto quanto os homens", diz Laís Ranna, especialista em relacionamentos e vice-presidente de operações do Ohhtel - rede social de encontros para pessoas casadas - no Brasil. 

Quando o assunto é traição, o que muda na verdade é o comportamento dos dois sexos. O termo "não pode ver um rabo de saia", não surgiu por acaso. Segundo Laís, a razão número um dos homens, membros do site, que buscam um caso extraconjugal é o sexo. "Eles são motivados pela ausência de sexo em casa, tédio ou porque querem variedade. Os homens não querem passar por um divórcio, amam as esposas, mas precisam suprir as necessidades físicas", explica. 

Já o público feminino enumera diversas razões para domir na cama de outro homem. Ausência de sexo no casamento, falta de romance e carência são algumas delas, segundo Laís. Entre as mulheres, existem também as que não querem se separar, como também as que estão em busca de um partido melhor para pedir o divórcio. De acordo com o psicólogo Odair Comin, a tendência não é a mulher manter um caso em longo prazo, mas sim procurar um parceiro com o qual se sinta bem. 

Uma análise primitiva, segundo Comin, colocaria a mulher com um erotismo contínuo e o homem com o inverso. "A mulher quer ter o parceiro, não pensa só no presente. Já o homem, depois que tem o orgasmo, não sente mais vontade de ficar com aquela mulher", explica.
Amor e coleção de amantes
Se uma mulher está emocional e sexualmente satisfeita com marido há pouca chance de ela o trair, segundo Laís. O sexo feminino valoriza o amor e, geralmente, procura um caso extraconjugal quando este sentimento não está sendo preenchido. Segundo pesquisas do site Ohhtel, o público feminino trai com um ou dois homens, enquanto o masculino coleciona amantes. Por conta disso, as mulheres têm mais facilidade em manter os casos em segredo. 

Trair a parceira nem sempre é sinal de insatisfação, conforme mostram as estatísticas do Ohhtel. Segundo Laís, mesmo um homem satisfeito sexualmente pode ter um caso. "Eles podem ser felizes em casa, mas se a oportunidade surge quando estão fora, eles o fazem sem pensar". Comin explica que é inevitável o homem sentir desejo diante de uma mulher atraente nua, mas é uma escolha trair ou não. "Pode ter o instinto e o emocional, mas e o racional?", questiona. Para ele, colocar a culpa nos impulsos físicos é uma forma de se sentir menos culpado pelo ato. "Se não quiser, a mulher pode dançar pelada que não vai trair". 

Arrependimento 

O arrependimento pode ou não surgir. A intensidade varia de acordo com as crenças e educação da pessoa, segundo Comin, um indivíduo religioso pode se sentir mais culpado do que alguém que não tenha a ideologia que preza pela fidelidade. Quando o arrependimento surge, o psicólogo explica que é comum encontrar razões que justifiquem a traição e com isso isentar a autonomia da escolha errada. 

Laís acrescenta ainda que parte dos homens e mulheres adúlteros param de trair em algum momento da vida. Entretanto, outros acreditam que manter casos extraconjugais é a única forma de continuar no casamento. 
Curiosidades sobre a traição

Em países com baixo índice de divórcio, a taxa de traição entre casados é mais alta. 

A segunda razão para os homens continuarem com as parceiras, mesmo após cometerem adultério, é manter a família estruturada. 

A segunda razão para as mulheres continuarem com os parceiros, mesmo após cometerem adultério, é a perda da estabilidade financeira. 

As pessoas em centros urbanos estão traindo mais do que em zonas rurais. 

As pessoas com renda mais alta estão traindo mais de pessoas com rendimentos mais baixos. 

Enquanto São Paulo tem uma maioria masculina de pessoas que traem, o Rio registra um percentual maior de mulheres que procuram ter um caso. 

A partir de uma base per capita, Belo Horizonte é a região que mais cresce, quando o assunto é traição. 

Homens com mais de 35 anos; renda acima da média; casados pelo menos há cinco anos; e com filhos são os que traem mais. 

Mulheres entre 25 e 45 anos; casadas há, pelo menos, três anos; e com filhos são as que traem mais. 

Do total cadastrado na rede social de encontros Ohhtel, 96% são homens casados procurando mulheres, contra 4% de solteiros. 

Do total cadastrado na rede social de encontros Ohhtel, 82% são mulheres casadas procurando homens, contra 18% solteiras. 

No cadastro do Ohhtel, 69% dos homens e 62% das mulheres têm vida sexual ativa no casamento. 

A maioria dos homens e mulheres, 90% e 89% respectivamente, já teve algum caso extraconjugal. 

- Quanto ao número de amantes, 65% dos homens e 32% das mulheres já tiveram, pelo menos, cinco amantes. 

Mesmo com histórico de infidelidade, 79% dos homens e 77% das mulheres nunca se divorciaram. 

Os católicos são menos propensos a ter casos fora do casamento. No estudo da rede Ohhtel, 54% dos homens e 50% das mulheres que têm casos dizem que são católicos. 

Tanto homens quanto mulheres se encontram com os amantes durante o almoço ou logo após o trabalho. 

A maioria dos homens e mulheres faz sexo com os amantes em motéis. Em segundo lugar vem o carro e em terceiro a casa da pessoa.

 Fonte: Ohhtel

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